Associação Yanomami cobra R$ 6,6 bilhões da União por danos de garimpo ilegal
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Foto: Bruno Kelly/Reuters |
De acordo com a Ação Civil Pública, a União não tentou proteger, de maneira eficiente e eficaz, os interesses e até a sobrevivência das comunidades diretamente atingidas pelo garimpo ilegal.
“Pelo contrário, houve uma verdadeira defesa e execução de políticas administrativas que reverberaram na fragilização da fiscalização, permitindo-se invasões maciças nos Territórios Indígenas Yanomamis”, ressaltou.
A associação cita ainda medidas tomadas durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, como a extinção da Secretaria de Mudanças Climáticas e Florestas do Ministério do Meio Ambiente, a extinção do Comitê Orientador do Fundo Amazônia; a reestruturação do Instituto Chico Mendes de Conservação e Biodiversidade (ICMBio) e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA).
Também foi citada a flexibilização de leis e normas de proteção do meio ambiente. São cobradas também medidas urgentes para a restauração e preservação das florestas e dos cursos d’água do território Yanomami.
Entre elas, a identificação e a colocação de avisos em locais contaminados, remessa com suporte de água potável. A associação cobra ainda a criação de um plano por parte da União para o fim do uso do mercúrio no garimpo, com fiscalização e testagem da água na região, além do desenvolvimento de um Protocolo de Atendimento Básico aos Contaminados pelo Mercúrio, com apoio de especialistas para ser incorporado ao Sistema Único de Saúde.
A Aassociação Urihi também pede maior atenção governamental ao pré-natal das indígenas e ao desenvolvimento das crianças em situação vulnerável na região.
*CNN
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