Justiça do AM mantém prisão de mãe e irmão de Djidja Cardoso durante virada do ano
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| Foto: divulgação |
A Justiça do Amazonas decidiu manter a prisão dos empresários Cleusimar de Jesus Cardoso e Ademar Farias Cardoso Neto, mãe e irmão da ex-sinhazinha do boi Garantido, Djidja Cardoso. A decisão foi tomada pela juíza Roseane do Vale Cavalcante Jacinto, da Comarca de Manaus, que negou os pedidos apresentados pela defesa e determinou que todos os réus do processo permaneçam detidos durante o período de fim de ano.
A defesa esperava a liberação dos acusados após decisão do ministro Sebastião Reis Júnior, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que determinou a unificação de quatro ações penais envolvendo Cleusimar, Ademar e outros dois investigados relacionados à apuração da morte de Djidja. O ministro também solicitou que o caso fosse incluído na pauta de julgamento ainda em dezembro, o que não ocorreu.
Com a demora, os advogados ingressaram com pedido de liberdade provisória no Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), sob a alegação de excesso de prazo no andamento do processo. O recurso incluía ainda os réus Hatus Moraes Silveira, José Máximo Silva de Oliveira e Sávio Soares Pereira, mas foi negado pela magistrada.
Na decisão, a juíza afirmou que não há irregularidade na duração do processo, destacando a complexidade da investigação e o número de envolvidos. Ela também rejeitou o pedido para retirada da tornozeleira eletrônica de Verônica Seixas, que seguirá sob monitoramento judicial.
Os acusados respondem por crimes ligados à captação, distribuição e uso irregular de cetamina, substância de uso veterinário que atua no sistema nervoso central. De acordo com o Ministério Público do Amazonas (MPAM), o uso do medicamento teria provocado a morte de Djidja Cardoso, registrada em 28 de maio de 2024.
Em decisão de primeira instância, Cleusimar, Ademar e Hatus chegaram a ser condenados a penas superiores a dez anos de prisão. No entanto, a sentença foi anulada pelo TJAM após a identificação de falhas processuais. Atualmente, o caso está sob análise do STJ e aguarda definição de data para julgamento.

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